Nota do Grupo Nova Força sobre a reunião do Conselho Deliberativo de 16 de dezembro de 2021
O Grupo Nova Força vem manifestar, mais uma vez, o seu repúdio à realização da reunião do Conselho Deliberativo marcada para 16 de dezembro de 2021, quinta-feira, às 18 horas, no formato exclusivamente virtual.
Tal medida foi tomada pela presidência do Conselho Deliberativo e utilizando como justificativa a proteção dos participantes diante do cenário da pandemia de Covid-19.
Causa surpresa a preocupação do Ilustríssimo Senhor Olten Ayres, frise-se, exclusivamente com a reunião em comento, tendo em vista que o clube social vem recebendo diversos eventos nos últimos tempos, como inaugurações, confraternizações e festas, aliás, notoriamente sem a observância do uso de máscaras e prática do distanciamento social.
Obviamente, existem diversos meios seguros para realização da reunião do Conselho Deliberativo no formato presencial e/ou híbrido, com uso obrigatório de máscaras, distanciamento social e devido respeito à legislação sanitária referente ao tema, como já ocorre em qualquer local no Brasil e no mundo.
Trata-se, assim, de claro pretexto com único objetivo, destaca-se, o de evitar o debate entre Conselheiros diante do prejudicial projeto de reforma estatutária que será apreciado na próxima reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo Futebol Clube.
Ademais, é fato público e prática recorrente da atual gestão e Presidência do Conselho Deliberativo cercear o bom debate nas reuniões, aliás, há flagrante ação orquestrada para fazer calar vozes contrárias aos que hoje estão no poder da Instituição, infelizmente, com a complacência da maioria dos Conselheiros participantes.
No caso, especificamente, o objetivo não é o de apenas silenciar os Conselheiros contrários à proposta de “reforma” estatutária, mas também a própria torcida do São Paulo Futebol Clube, afinal, como é sabido, por meio das redes sociais e de forma absolutamente espontânea, enorme e atenta parte dos são-paulinos confirmou presença à manifestação pacífica que ocorrerá (e foi mantida) no próximo dia 16 de dezembro, às 18 horas, nas imediações do Estádio Cícero Pompeu de Toledo, para expressar seu inconformismo diante de tamanho absurdo e que pode inviabilizar o futuro do São Paulo Futebol Clube de todos nós.
Aliás, fica cada vez mais claro que as promessas de transparência e aproximação do Clube com seus vinte milhões de torcedores, tão enfatizadas durante a campanha, foram esquecidas após o primeiro dia da posse da atual gestão.
Os membros do Grupo Nova Força, dentro e fora do Conselho, seguem lutando arduamente ao lado de muitos outros são-paulinos honrados e contra a tentativa infausta que se aproxima.
É simbólico que esta votação ocorra no dia 16 de dezembro, exatamente oitenta e seis anos após a refundação do Clube.
Nesta data, os Conselheiros terão a oportunidade de decidir como gostarão de ser lembrados: como seus antecessores são-paulinos que marcaram seus nomes na história vitoriosa de nossa Instituição; ou como cúmplices do fim da democracia e da possibilidade de recuperação institucional do São Paulo Futebol Clube.
Mudar a regra para evitar críticas e oposição, mesmo que dentro do atual regramento vigente, pode não ser um golpe formal ao Estatuto, mas claramente é um golpe contra a Instituição, o que é muito mais grave.
Se os que estão no poder hoje querem continuar mandando no clube para sempre, sem problemas, basta que o transformem em empresa, paguem um bilhão de reais e comprem a maioria das ações.
Mas, claro, eles querem virar "donos" do São Paulo Futebol Clube e mandar pelos próximos vinte anos sem colocar um tostão, sem comprar uma única ação. E querem fazer isso de forma absolutamente amadora, oposta ao profissionalismo que impera nos clubes atualmente mais vitoriosos.
Questionamos, será que fariam isso com seus próprios negócios? Apostariam em abnegados ou contratariam os melhores profissionais disponíveis no mercado? Insistiriam mesmo em pessoas que só aumentassem as dívidas mensais de suas empresas?
Portanto, enfatiza-se, isso é muito mais golpe do que observar o trâmite formal do Estatuto. Ou seja, é um verdadeiro GOLPE contra a patrimônio imaterial de todos que torcem e sofrem pelo São Paulo Futebol Clube, que pode se tornar ainda mais fechado e antidemocrático diante da atual sugestão de mudança estatutária.
É preciso lutar para salvar a nossa amada Instituição, não nos furtaremos dessa missão.
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